sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Nova PAS 223:2011 - Segurança de alimentos e fornecimento de embalagens

A PAS 223, padrão para programas pré-requisitos e requisitos de ‘design’ para segurança de alimentos na fabricação e fornecimento de embalagens para alimentos, acaba de ser publicada

PAS 223 - programas de pré-requisitos e requisitos de projeto para a segurança alimentar na fabricação e fornecimento de embalagens de alimentos - fornece uma metodologia comum a nível internacional para o desenvolvimento de um programa pré-requisito para a segurança alimentar e de embalagens bebida.

O desenvolvimento dessa PAS foi patrocinado pela SSAFE (fornecimento seguro de alimentos a preços acessíveis em toda parte), com um Grupo de Coordenação, composto de embalagens globais e empresas de fabricação de alimentos. O amplo consenso internacional e buy-in de fabricantes de embalagens inclui Alpla, Amcor, Owens-Illinois, Rexam e TetraPak e nomes de família reconhecida na fabricação de alimentos, como a Coca-Cola, Danone, Nestlé, Kraft Foods e Unilever.

Desenvolvidas pela indústria para a indústria, o novo padrão será de particular interesse para fabricantes de alimentos e embalagens de bebidas em todo o mundo, bem como organismos de certificação de alimentos e autoridades públicas.

"Ao trabalhar em estreita colaboração com os principais fabricantes alimentos, bebidas e embalagens, BSI desenvolveu um conjunto de requisitos pré-requisito que vai ajudar a diminuir o risco de perigos de segurança alimentar em toda a cadeia alimentar", disse Mike Low, diretor do British Standards
.

Fonte: DNV - Det Norske Veritas Certificadora

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Origem e história do Anilox

Fabricação
O cilindro anilox está localizado próximo ao clichê. Sua função consiste em alimentar a tinta. É o cilindro de tinta principal e controla a alimentação de tinta sobre o clichê. Seu diâmetro é proporcional ao diâmetro do clichê. É feito de ligas metálicas e no exterior é coberto por uma camada de material cerâmico.
A superfície do cilindro anilox é gravada com fendas de células que o fazem lembrar o cilindro de impressão de profundidade, esta tem o efeito que a tinta é transferida para as partes salientes do clichê, e ao lado do substrato de impressão. A pontuação é feita por raio laser. Este cilindro é capaz de transferir uma quantidade controlada de tinta sobre o Clichê trabalho.

Geometria e gravação de células para o anilox

A gravura tem lugar em um formato quadrado ou em um formato rômbico hexagonal. Ele cria o volume de uma pirâmide triangular ou retangular onde a tinta é retida para a tinta Clichê.

A origem do nome “Anilox”
Talvez você não saiba, mas a palavra Anilox é uma marca registrada assim como o popular Cyrel da Dupont ou Bombril que virou sinônimo de palha de aço. O primeiro protótipo de cilindro 'anilox' tinha como objetivo substituir o cilindro de borracha conhecido até hoje como “doctor roll” e que transferia a tinta para o clichê usado nas máquinas impressoras do século passado pelo processo até então conhecido como impressão de anilina.

Sistema Doctor Roll onde o rolo “tomador” serve como agente raspador do “entintador” que pode ser de borracha ou mesmo o próprio anilox.

Em 1939 Douglas E. Tuttle era o executivo de vendas da International Printing Ink Division of Interchemical Corporation – IPI desenvolveu e patenteou um sistema de transferencia de tinta com um cilindro de cobre com células piramidais gravadas imerso numa banheira de tinta e com uma lâmina que raspava a superfície para do cilindro para eliminar o excesso de tinta da superfície. É claro que o cobre não é muito resistente e naquele mesmo ano a gravação passou a ser sobre um cilindro de aço muito mais resistente à raspagem que o cobre. A idéia da faca também não deu muito certo e os próprios usuários passaram a colocar esse cilindro entre o pescador e o clichê sendo chamado de cilindro entintador. O rolo pescador era de borracha e fazia a função de “raspagem” do excesso de tinta da superfície do rolo entintador.

Tuttle deu o nome “Anilox” a esse cilindro. Tinha como objetivo facilitar a venda e fazer marketing aproveitando o final “ox” de outros produtos que sua empresa já comercializava como o “LITHOX” que eram utilizados para designar produtos no processo Lithográfico, como a offset era conhecida naquela época. O prefixo “ani” veio de “anilina” que é um corante solúvel em álcool e muito utilizado como tinta no processo flexográfico.

Desde que as anilinas foram consideradas tóxicas e novas tintas foram desenvolvidas para a impressão no celofane e papel para acondicionamento de alimentos, a palavra 'FLEXOGRAFIA' foi inventada, por volta de 1951, para desassociar a idéia de impressão por anilina das novas tintas que já eram produzidas naquela época.

Breve biografia do Sr. Douglas E. Tuttle
Nascido em 1915 em Franklin, PA, EUA se mudou depois para Elizabeth por 48 anos. Ele foi diretor e presidente da Douglas E. Tuttle  Inc. e da empresa Castaflo Pump Co., ambas em Roselle Park, EUA. Mais cedo ele foi executivo de vendas International Printing Ink Division of Interchemical Corporation – IPI em Nova Iorque e da Pamarco Inc. em Roselle. Conhecido na sua época como o “pai da flexografia”, ele desenvolveu e patenteou não somente o anilox, mas também o sistema de faca (doctor blade) com ângulo reverso. Ele escrevia para revistas especializadas no mercado flexo e também escreveu um livro em 1987 chamado “Fellow Flexographer” de 377 páginas publicado pela PAMARCO onde abordava de modo simples e prático o processo flexográfico na época. O Sr. Tuttle amava avião e tinha mais 3.600 horas de vôo em seu próprio aeroplano e chegou a fazer quatro vezes o percurso costa à costa dos EUA.

Era religioso e serviu como ancião na Igreja Presbiteriana em Mountainside. Foi palestrante na Universidade Rochester e do Platt Institute em Nova Iorque. Foi casado com Evelyn Schiling Tuttle com quem teve três filhas. Morreu em 21 de março de 1990 aos 75 anos.

História da flexografia e do Anilox

História da flexografia e do Anilox
           
A palavra "Flexografia" é derivada da palavra "flexível" e "Grafia" e significa "impressão flexível" é aplicável devido ao clichê flexo sempre ter sido de borracha ou fotopolímero ao longo da evolução do processo, que são materiais flexíveis. Mas também pode-se referir à características dos materias que são impressos hoje em dia como plásticos, papel e alumínio em bobinas onde a flexo domina o mercado mundial.

A flexografia encontra aplicações também em placas de papelão ondulado e que serão transfomadas em caixas impressas. Máquinas flexográficas são equipadas com um cilindro porta-clichês para colar o clichê e com um sistema de entintamento que permite a produção de impressão de forma contínua. A impressão é obtida utilizando um clichê em alto relevo.


História Interessante

A Impressão utilizando anilina (agentes de tingimento que são solúveis em álcool) remonta ao início do século 18. No entanto relatórios precisos e cronológicos estão faltando. Em 1853, os avanços da empresa A. Kingsley desenvolveu a técnica pela qual a impressão é obtida utilizando uma placa flexível.

O método de Impressão Anilina é desenvolvida na Inglaterra pela casa "B. Baron e Filhos", em 1890. O desenvolvimento ocorreu em Liverpool da Inglaterra em 1905. Em 7 de novembro de 1908, CA Holweg, um engenheiro mecânico, patenteou novas aplicações da impressora e melhorias das tintas de anilina.
O engenheiro Holweg em colaboração com Windmöller e Holscher fabricaram as máquinas impressoras tipo stack. Até 1935 a máquina de impressão anilina foi fabricada e equipada com um rolo de alimentação de tinta, um cilindro porta-clichê com rolamentos e um cilindro de pressão ou contra-pressão. Este arranjo de impressão aplicava pressão sutil (denominado "impressão beijo" no Inglês “kiss printing”), através do clichê para efeito de impressão. Depois nos Estados Unidos em 1939, Douglas Tuttle fabricou e aplicou a tinta do cilindro de entintamento e o chamou de "Anilox".


No congresso internacional que teve lugar nos Estados Unidos em 1952, o nome "FLEXOGRAFIA" foi proposto por Franklin Moss da Moss Corporation. Outros nomes também foram considerados para a aceitação internacional na Europa, Ásia e América. Finalmente o nome de "Flexografia" prevaleceu e foi aprovado.

Características do método

A flexografia é considerado um método de impressão rentável e produtivo. No entanto, hoje ela é comparável com outros métodos de impressão de qualidade, como offset e rotogravura. Já é comum impressão de rótulos com 70 ou mesmo com 80 linhas/cm. Isso dá uma enorme definição da imagem. Mas não é só em rótulos. Na impressão de embalagens flexíveis em geral também se observa trabalhos com 60 linhas/cm.

A Flexografia é capaz de imprimir em velocideades de 400 à 800 m/minuto em aplicações de embalagens flexíveis e com tiragens na casa de um a dois milhões de cópias com
qualidade. O mercado flexo se subdivide basicamente em três segmentos:
a) Banda estreita cuja aplicação é para rótulos e etiquetas;
b) Banda larga e média para embalagens flexíveis em geral e,
c) Corrugados para papelão ondulado.

Dentro desses segmentos há uma ampla variedade de produtos produzidos.

Com o advento da computação gráfica, anilox gravados à laser em cerâmica, clichês de fotopolímeros gravados à laser e impressoras gearless (sem engrenagens) elevou a flexografia a uma categoria apenas sonhada até então.

A Flexografia imprime facilmente o trabalho sobre o substrato em que transfere a tinta para o clichê e, em seguida, sobre a superfície do substrato de impressão.

Flexografia Sistema de impressão

O trabalho que está impresso no substrato é criado através das partes elevadas do clichê quando a tinta é transferida para as áreas salientes. A tinta é transferida para a placa através do cilindro anilox, cuja superfície é coberta por pequenas cavidades (células). O cilindro anilox é equipado com uma lâmina que limpa a sua superfície de qualquer excesso de tinta. A tinta restante enche as células que o clichê recebeu.

Durante este processo o clichê coberto de tinta transfere para o substrato quando pressionada. A fôrma de impressão dos trabalhos ocorre no substrato. A relação da varredura sobre o Clichê e as gravuras do anilox apresentar uma grande variação que pode atingir a relação 1/6 ou até mais. Isso quer dizer que, para que a menor parte da varredura do assunto para chegar tinta suficiente, é preciso uma quantidade de tinta de 6 ou mais células do cilindro de entintagem anilox. Isso é para que o Fed está sendo tinta em quantidade (volume) suficiente para o Clichê de trabalho, tendo em conta a velocidade de funcionamento da impressora.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O que é Flexografia?


O que é Flexografia





Introdução
Histórico
O sistema de impressão flexográfica pode ser considerado um avanço do sistema de impressão tipográfico, ou podemos dizer que a impressão flexográfica se inspirou na tipografia (que por sua vez se inspirou na xiligravura).
No início do século o sistema já era utilizado, porém em pequena escala, por volta de 1920 o processo de impressão começou a ser utilizado em grande escala.
A princípio o nome do sistema de impressão era anilina, pois utilizava tinta à base de corantes de alquitrán ( da mesma família dos óleos de anilina).
Como o termo anilina (derivado de alquitrán - substância tóxica) dava a impressão que produtos impressos pelo sistema poderiam causar algum mal para quem os utiliza-se, então fornecedores, vendedores, ... preocupados com esse impacto negativo resolveram lançar a proposta para a escolha de um novo nome. (nesta fase já utilizava pigmentos com características iguais aos outros processos de impressão).
Foi lançado em uma revista da área a proposta para a escolha de um novo nome, de onde se escolheu o nome Flexografia dentre muitos nomes enviados para a redação da revista.
Durante muito tempo as impressoras flexográficas não receberam a devida atenção de fabricantes de máquinas gráficas, no início eram máquinas grandes e desengonçadas, apresentavam muitas variações durante o processo de impressão, eram difíceis de ser operadas e perigosas. Muitas vezes eram fabricadas na própria gráfica.
Após a 2ª guerra a Flexografia deu grandes passos em termos de evolução e utilização.

Flexografia
Definição: a definição oficial do termo foi - um método de impressão tipográfico rotativo que emprega pranchas (formas) de borracha e tintas líquidas de secagem rápida.
O sistema de impressão flexográfica tem como características principais a utilização de uma forma flexível em alto relevo, utilização de tinta líquida (à base de água ou solvente), sistema de impressão direto.

Forma
Para entendermos melhor o princípio da forma flexográfica podemos pensar em um carimbo, onde será entintada somente as áreas que estão em alto relevo (característica vinda da xilogravura).

Esta forma será fixada no cilindro porta-formas na impressora, onde através de sistemas apropriados de entintagem, será realizada a aplicação da tinta na superfície da imagem em alto relevo.
Existem diversos tipos de formas que podem ser utilizados em flexografia, dependendo das características do impresso a se reproduzir, máquina à ser utilizada, substrato que será utilizado na impressão etc. (veremos melhor sobre formas no item Fomas). Tintas
A tinta utilizada em flexografia é uma tinta líquida, podendo ser usado como agente de cor corante ou pigmento.
Essa tinta pode ser à base de água ou solvente, ou seja, a resina é solúvel em água ou solvente (dependendo das características e utilização do impresso a se obter).
Devido a característica de utilizar tinta líquida (e forma em alto relevo), o sistema de impressão flexográfica é um dos sistemas mais versáteis que existe, podendo fazer a impressão em diversos substratos, como papel, plásticos, sacos de ráfia, papelão ondulado, cerâmica, etc (com a utilização de máquinas especialmente fabricadas para cada utilização).
A impressão em substratos impermeáveis pode ser obtida devido ao fato da tinta ser líquida e de secagem extremamente rápida (com auxílio de aquecedores e ventiladores instalados no percurso do substrato após a impressão.

Sistema de impressão direto
Entendemos por este nome, que o sistema de impressão flexográfico realizará a impressão através da transferência da tinta da superfície da forma diretamente para a superfície do substrato (como um carimbo), sem que essa tinta passe por outras etapas antes de atingir o substrato. (como ocorre em offset).
Desenho
As impressoras flexográficas podem ser fabricadas conforme a necessidade do produto à ser impresso (cerâmica, papelão ondulado, papel, plásticos etc), sendo que em cada sistema será utilizado um modo específico de alimentação do substrato na impressora, podendo ser alimentação com bobinas, com folhas cortadas, com esteiras que prendem o substrato para receber a impressão etc.
Podem ser encontradas máquinas que possuem uma unidade de impressão (uma cor), como máquinas que possuem 10, unidades impressoras, podendo ser realizado a impressão somente na frente do substrato como também a impressão de frente e verso em uma única passagem pela máquina.
O sistema de saída da impressora (sistema de recepção), também varia muito de máquina para máquina, ou conforme o tipo de impresso realizado. Poderemos encontrar sistema de saída em bobinas, folhas, cartuchos (saída com corte e vinco) cadernos (editoria) entre outros, conforme necessidade.


A Impressora Flexográfica é composta basicamente por:
- sistema de alimentação
- conjuntos impressores
- sistema de secagem
- sistema de saída
Campo de aplicação da Flexografia
A flexografia possui um campo muito vasto de aplicação, pode-se projetar máquinas para realizar a impressão de determinados tipos de substratos, conforme a necessidade.
Como campo básico de aplicação posso estar citando:
Embalagens: altamente utilizado, muitos impressos em embalagens flexíveis são hoje impressos em flexografia, devido a evolução do processo num todo (tinta, formas, entintagem, suportes, eletrônica, etc)
Editoria: para editoria posso estar citando principalmente a impressão de cadernos, algumas revistas, livros. Porém o forte da flexografia ainda seja as embalagens.
Jornais: coloco aqui jornais para relatar que em alguns países estão sendo feita a impressão de jornais no sistema de impressão flexo, porém não seja muito comum (os jornais são impressos principalmente no sistema de impressão offset).
Diversos: papel de presente, sacos e sacolinhas, cerâmica, rótulos e etiquetas adesivas, impressos de segurança,


Vantagens da Flexografia
Uma das vantagens da flexografia é a capacidade para imprimir sobre uma ampla gama de substratos, desde ásperos e grossos até suaves e lisos, desde papel absorvente até suportes brilhantes e de alumínio.
As tintas líquidas são de rápida secagem, podendo-se imprimir sobre substratos não absorventes, necessitando geralmente de um sistema de secagem composto por aquecedores, ventiladores e exaustores, para uma perfeita secagem da tinta sobre o substrato.
Tintas à base de água, diminuindo a poluição e o forte cheiro dos solventes.
Possibilidade de mudar o diâmetro do cilindro porta-formas, resultando isto em um melhor aproveitamento do substrato como da forma. Pode-se preparar a montagem do próximo trabalho (colagem da forma no porta-formas) enquanto a impressora ainda está imprimindo outro trabalho.
Possibilidade de adaptar diversos sistemas de saída, como por exemplo com corte e vinco, hot-stamping, cadernos, etc.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Vamos entender de uma vez por todas o que é Flat Top Dot

Prezado amigo leitor, a tecnologia Flat Top Dot veio para ficar e não resta a menor dúvida. No entanto há muita confusão e as pessoas em geral não tem uma clara ideia do que os fabricantes oferecem e muitas vezes nem sequer sabem exatamente o que é isso. Então, minha proposta aqui é desmistificar esse assunto da maneira mais didática possível para que você (se ainda não entendeu a tecnologia) possa compreender e talvez tomar decisões sábias sobre isso.

Em primeiro lugar precisamos entender o que é Top Flat Dot ou Ponto com Topo Plano é a teconologia que deixa a superfície plana no topo do ponto. Acontece que a cópia digital como nós conhecemos, deixa os pontos especialmente nas áreas de mínima porcentagem com formato de "bala de revólver" ou arredondado (Fig.01). Em todos os casos elimina-se a bump curve.

Fig.01 - O topo dos pontos na cópia digital é arredondado
Esse formato arredondado tende a dificultar a dosagem da tinta sobre o ponto. Daí, as empresas desenvolvedoras de fotopolímeros buscaram soluções para isso. O que precisamos entender é qual a causa disso, ou seja, porquê o ponto fica arredondado. Curiosamente, quando a cópia era feita com fotolito negativo (do tipo COD4, lembra?) e chamávamos de cópia análoga, o topo do ponto era do tipo flat (fig.02).
Fig.02 - Note que na cópia análoga (fotolito) o topo do ponto é flat. O processo digital, embora melhorou muito a qualidade, perdeu o formato flat.

Isso ocorre porque depois que a cópia digital é feita, é necessário fazer a cópía na expositora com lâmpadas ricas em UV. Mas durante a exposição o oxigênio que obviamente está dentro da expositora atrapalha a luz tornando-a suficientemente difusa não permitindo que a cópia ocorra 1:1 ou seja, que toda a área removida pelo laser, seja endurecida exatamente igual. Mas o oxigênio não permite. Portanto a solução óbvia é de alguma forma não deixar que o oxigênio participe no momento da exposição.

A Kodak foi a pioneira no Brasil lançando o Nx que é hoje a que tem maior divulgação e já é usada pelas empresas. A tecnologia desenvolvida pela Kodak envolve laminar uma película sobre a superfície do fotopolímero depois da cópia a laser e naturalmente não terá oxigêngio atrapalhando. Daí, executa-se a exposição principal e então a película é removida. Para fazer a laminação é necessário um equipamento e, portanto, acrescenta mais uma operação ao processo de gravação de clichês.


Fig.03 - Laminadora Kodak

Mas o resultado é excelente, visto que cria o famoso flat top dot e permite melhor definição do ponto impresso (Fig.04).

Fig. 04 - Microfotografia do ponto achatado.

Fig.05 -Comparação entre as tecnologias
A Flint Group também lançou o NExT, mas sem o sistema de laminação. Nesse caso o segredo está na luz da expositora que emite uma radiação UV forte e que inibe o oxigênio (Fig.06)

Fig. 06 - Comparativo NExT
No final de 2010 a MacDermid lançou o LUX que também necessita do processo de laminação semelhante ao da Kodak com clicherias utilizando o sistema.

Por fim a DuPont anunciou em abril desse ano o DigiFlow, mas ainda não chegou no Brasil até a presente data. É interessante que a DuPont já tinha esse sistema desenvolvido para o processo de chapas para papelão ondulado chamado de Digicorr. O Digiflow é diferente de todos os anteriores cuja diferença é a inclusão de uma câmera que permite a criação de uma atmosfera inerte (isenta de oxigênio) durante a exposição principal, através do fluxo de nitrogênio na chapa.

RESUMO DAS TECNOLOGIAS DISPONÍVEIS PARA FLAT TOP DOT

TECNOLOGIA
FABRICANTE
COMO FUNCIONA
O QUE SE REQUER
Flexcel Nx®
Kodak
É aplicada uma película via laminação na placa
Equipamento de laminação e películas.
nyloflex® NExT
Flint Group
É usa do uma fonte de luz UV especial. Essa radiação é tão forte que fará cópia de relação 1:1 inibindo o efeito do oxigênio.
Tem-se que fazer um upgrade no equipamento de cópia trocando ou adicionando lâmpadas apropriadas.
LUX®
MacDermid
Aplicação de película via laminação.
Requer equipamento para laminação e película.
Cyrel® DigiFlow
DuPont
Inserção de Nitrogênio para inibição do oxigênio durante a cópia
Adaptação da copiadora com uma câmara especial para inserção do Nitrogênio
Tabela Flexoshopping.com

E o HD Flexo nessa história toda?
Faço questão de falar aqui sobre o HD Flexo. Com toda a confusão que novas tecnologias criam na cabeça das pessoas, muitos confundem e acham que o HD Flexo está no mesmo calderão da tecnologia Flat Top Dot. Porém, o HD Flexo é outra tecnologia e consistre de um software de propriedade da ESKO e com a parceria com a DuPont. O software foca as áreas mínimas na chapa criando mais definição da imagem com mais pontos intermediários (veja Fig. 07). O HD Flexo pode ser utilizado com qualquer das tecnologias que foi descritas acima, porque é algo definido antes e executado na cópia digital. É claro que com as tecnologias Flat Top Dot vai ao encontro e sem dúvida ajuda para que os pontos fiquem mais precisos ainda.

Fig. 07 - Microfotografia HD Flexo
Portanto, caros leitores, espero que esse pequeno artigo ajude a todos a entender qual a diferença entre as tecnologias e principalmente não confunda o HD Flexo como parte das tecnologias Flat Top Dot. Qual a melhor ou qual vai prevalecer? Difícil dizer, mesmo no caso dos processos em que envolve a laminação, porque o resultado pode compensar. Veja abaixo o Fluxograma com a laminação (Fig. 08).

Fig. 08 - Fluxograma quando é necessário laminar

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Prezado amigo leitor,

O site está disponibilizando um grande auxílio para medição de anilox. Há vários meios para se fazer a medição do volume ou BCM do anilox. O fato é que muitas vezes durante a produção não sabemos se o problema de a cor não chegar na força é de fato a tinta ou o anilox que está entupido. Às vezes se tira o anilox da máquina, lava e mesmo assim não temos certeza se ele está com seu volume correto.

Além disso, o anilox quando chega novo precisa ser inspecionado e a maioria das empresas não possui os kits ou instrumentos apropriados para fazer a inspeção.

Assim, passo abaixo o meio de medição utilizando o Capatch para ajudar a entender como funciona. A eficiencia do método depende da execução precisa de quem usa as tarjas de medição. O teste foi atestado e aprovado pelas Universidades de Wales da Inglaterra e pela DFTA que é a Associação de Flexografia da Alemanha.

Modo de utilização



Passo 1

Remova o liner antiaderente, deixando expostas as áreas auto-adesivas. Assegure-se que este liner permaneça prezo ao Capatch, pois ao término da medição será utilizado para a remoção do Capatch.


Demonstration of liquid track.


Passo 2

As tarjas azuis, verdes ou vermelhas da escala mostram a localização das áreas auto-adesivas. Fixe a parte superior no cilindro. Segure, pela base ou pela fita prateada a outra extremidade do Capatch e estenda-o em sentido descendente. A seguir, fixe-o ao cilindro. Nota: Assegure-se de que o produto esteja bem fixado, sem apresentar rugas ou bolhas de ar entre o Capatch e o rolo.


Demonstration of liquid track.


Passo 3

Segure a "doctor blade" e coloque o dedo indicador sobre a seta impressa na lâmina. Tenha sempre em mente que o canto vivo da lâmina doctor blade tem por finalidade espalhar adequadamente o fluido sobre o cilindro anilox. Mantenha o ângulo da sua lâmina a cerca de 45 graus em relação ao anilox durante todo o tempo em que estiver espalhando o fluido.
Inicie a pressão logo abaixo da respectiva seta impressa no Capatch, empurre o fluido da cápsula em direção as escalas impressas no Capatch orientando-se pela área transparente, pressionando firmemente a lâmina contra o Capatch mas num movimento lento do dedo indicador (não do dedão) no doctor blade. É necessário um certo tempo para que o fluido indicador penetre célula por célula. Repita essa operação até não haver qualquer movimento visível do fluido medidor. A seguir utilize o canto vivo da lâmina para forçar o restante do fluído de medição para fora da cápsula; pois embora não seja claramente visível na cápsula isto representa normalmente 10% do volume do fluído. Assegure-se de que a camada do fluído de medição esteja acumulada entre o cilindro anilox e o Capatch. Por esse motivo, repita essa operação de modo a assegurar-se de que TODO o fluido de medição foi extraído da cápsula e inserido no interior das células do cilindro. Lembre-se que o Capatch tem sua funcionalidade assegurada quando 100% do fluído de medição é retirado da capsula. Saiba que se você deixar 10% do volume, que já é pequeno, retido na capsula e considerando que outros 10% fiquem retidos entre o alumínio e o cilindro anilox adicionalmente o resultado apresentará uma margem de erro 20% maior do que o real e a sua medição indicará erroneamente um cilindro com 20% a mais de volume.


Demonstration of liquid track.


Passo 4

Leia o resultado.
O comprimento da mancha tem algum efeito no volume medido?
Com certeza devido as propriedades do fluido indicador, o comprimento da mancha não tem efeito significante na medição ou na margem de erro de aproximadamente 10%, muitos testes tem provado isto. Entretanto a velocidade do movimento da lâmina doctor blade tem efeito sobre os resultados de medição. Movimentos rápidos produzem uma mancha alongada e consequentemente o resultado será a indicação de perda de volume.


Demonstration of liquid track.


Passo 5

Remova imediatamente o Capatch levantando-o cuidadosamente. Limpe o cilindro logo a seguir, pois do contrário terá maior dificuldade para fazê-lo.


Demonstration of liquid track.


Passo 6

Limpeza do cilindro. Pode ser que alguns resíduos de adesivo não permanente fiquem sobre o cilindro e recomendamos a utilização de um dissolvente, acetato de etila, álcool isopropanol ou equivalente para limpá-lo.


Demonstration of liquid track.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O Ponto de Equilíbrio da Flexografia

A indústria de flexografia rapidamente nos últimos anos vem apresentando novos desafios aos fabricantes de anilox. A mudança de revestimento de cromo para cerâmica é atribuida a alta demanda por resitencia ao desgaste em relação a faca ou lamina raspadora.
  
Quando o "Computer-to-plate" tornou possível a cópia digital de clichês, também permitiu que cada vez mais lineaturas e tipos de pontos fossem possíveis. Os pontos no clichê consequentemente ficaram mais pequenos e o anilox precisou correr atrás para ser compatível com essa tecnologia.
Enquanto no desenvolvimentos passados ​​sempre foram marcadas por lutar por novas inovações para aumentar a performance desenvolvimentos hoje isso é diferente e tem tomado outro rumo. Produtividade e redução de custos são as "palavras mágicas" dos últimos anos. Desde convertedores são hoje expostos a uma concorrência intensa e  conceitos como "velocidade de impressão superior", "redução do tempo de troca" ou "baixar os custos de aquisição” desempenham um papel cada vez maior.
Gravação Universal
Ao equipar uma impressora nova de 8 cores com um novo inventário de anilox, sabemos que sáo necessários muito mais que apenas um para cada grupo impressor. A escolha precisa ser prudente e focada, senão serão comprados anilox desnecessário, caros e que ficarão guardados no estoque. Dinheiro imobilizado no jargão financeiro.
  
Hoje a faixa de trabalho para cromias, por exemplo que as empresas estáo comprando estão na faixa de 340 a 450 LPC (linhas de pontos por centímetro) para o segmento de embalagens flexíveis e 400 a 500 para banda estreita (rótulos). Embora muitos apostem que haverá necessidade de  lineaturas maiores é possível entender que a flexo já está próxima do seu “breaking even point“, quer dizer, a flexografia busca o mercado de atuação da rotogravura. Isso quer dizer que não serão necessárias lineaturas de impressão maiores que 70 LPC no clichê. Isso porque com essa lineatura o ponto no impresso já não é visto a olho nú. Então a pergunta que se tem que fazer é a seguinte: “Qual configuração de anilox (LPC/BCM) precisamos para alcançar a excelencia no resultado da embalagem impressa?”
Embora com toda a tecnologia de anilox, impressoras gearless, tintas, dupla-face e gravação de clichês permita chegar a 80 LPC no clichê, acredito que o bom senso fará com que as empresas se decidam por 70 LPC. Isso porque o resultado visual em 80 ou 70 LPC serão muitíssimos próximos e tem-se que pensar na produtividade já que quanto maior a lineatura do clichê, maior também as chances de problemas durante a produção, especialmente longas tiragens. Isso para banda larga ou embalagens flexíveis. Para a banda estreita é possível que algumas empresas tentem manter na casa de 80 LPC.

  
Os clássicos anilox de 80 ou 100 LPC e BCMs na casa dos 12 a 15 são hoje cada vez menos significativos. Anteriormente esses rolos foram necessários para um alto grau de cobertura de cor para os chapados e traços grossos e especialmente para a tinta branca. Então ainda é comum se separar os chapados com grande carga de traços finos, retículas e código de barras, por exemplo.
  
Mas hoje, as empresas que ainda compram anilox com as configurações mencionadas acima, ainda não descobriram que o mundo andou e o anilox também. Textos finos e elementos mais refinados já podem ser colocados no mesmo clchê porque anilox de 140 e 160 ou até mesmo 200 LPC conseguem fazer a vez dos antigos 80 a 100 LPC. Isso quer dizer que hoje é possível gravar altos volumes em BCM e com lineatura muito maiores que no passado. Acredito que você entendeu as vantagens disso.
A ssim, fica claro que a tendencia de ter um grande inventário de anilox para múltiplos usos está chegando ao fim. Será possível, então que estamos nos aproximando do dia em que não precisaremos mais ficar trocando de anilox a todo momento em função dos próximos trabalhos que entram em máquina ou anilox universal? Bem, é possível.